
poeira de guardados no remover em velhos fatos,
misturar folhas secas em meio a papéis borrados,
cartas gastas de tão lidas, de tão sentidas e choradas.
esse meu baú que repenso, precisar de arrumação.
depois desisto: não há coragem suficiente: só curiosidade
ao levantar a tampa e exalar o cheiro das lembranças.
ouço a música e no rodar do vinil me lanço,
na tentativa de hipnotizar o pensamento.
Fátima N.
imagem* Jean-Luc Elias.
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*Refém da Solidão uma alusão à música de
Baden Powell e Paulo César Pinheiro
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me levou a pensar na solidão, companheira dos momentos mais decisivos, que fatalmente me acompanhará quando for inadiável o momento da arrumação do baú
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