quinta-feira, 8 de abril de 2010


...o clarão das manhãs desfocadas pela neblina,
onde os campos ficam mais brancos que verdes,
o ar gelado que entra na gente, o esfregar de mãos,
o vapor feito fumaça do quente que sai de dentro,

o céu em algodão, de azul que nem azul parece,
é encanto misturado, parece que foi pintado,
dando adorno ao dia que nasce - é nosso,
e acontece com todo mundo que faz e merece
o chão que ama onde planta e floresce.

o canto do sabiá, a gritaria das maritacas,
os ipês ladeando as ruas, o paralelepipedo
da praça da matriz, as escolas, a avenida,
nossa alegria, as meninas lindas, as ladeiras,
a cuesta, o mirante - o gigante deitado, o vale,
e o ar brejeiro dos caçadores - de sacis.
o cheiro do café, nosso tesouro que invade
as ruas engrossando a saudade e a gente
bate no peito e diz: eu nasci naquela serra!

nesta serra de nome: Botucatu

Fátima N

imagem* uma nota só
.

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