quinta-feira, 8 de abril de 2010




e então recolho do chão a poesia que deixou cair,
revelo em preto e branco todo meu fracasso,
escondo as tristezas atrás do espelho.
vivo teimando com a vida, e ela se ri de mim.

a poesia líquida escapa-me nos pelos vãos dos dedos.
a melancolia bate-me no ombro e com olhar íntimo e diz:
vamos! é hora!

contágio letal do qual não escapo, morro hoje,
mas amanhã, teimo em nascer - e nasço,
é a sina que me vale: reviver o que não vivi.

Fátima N.

imagem* alba luna*

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