
eu nem sei da poesia, daquela menina
que fica na esquina fazendo fita.
nem quero saber dela, que passa sem graça,
faz que não me vê, balança os cabelos
dá de ombros e me deixa sem jeito.
eu nem quero saber dela, que em braços
alheios se despe e se deita, alva, muito alva,
certa, muito certa. impávida. e aqui faço graça
dei um pinote na poesia e inventei de inventar.
quem manda ela brejeira se lançar matreira
num canto qualquer e só de pirraça,
a desafiar-me, disse: faça! faça!
Fátima N.
imagem*marta - marta kurigatah
Nenhum comentário:
Postar um comentário