quinta-feira, 8 de abril de 2010

miragem...




eu, pobre de mim, o fado não carrego nas mãos,
levo n'alma, minha forma lusitana de sentir,
exagerada forma, que me permite sobreviver,
minhas mãos carregam as penas - escrevo,
onde o sangue ferve, jorra tinta e transpiro versos.

convivo com as letras, as palavras são irmãs,
gostam de pedir meus vestidos emprestados.
pintam as unhas, travestem-se de mim, do que não sou.
são ciganas, são bruxas, fadas e canções,
fogem e depois voltam, embriagadas pelas manhãs.

...e se falasses magia, sonho e fantasia
e se falasses encanto, quebranto e condão
feitiço, transe-viagem, alucinação



Fátima N.

imagem*alba luna
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