sexta-feira, 9 de abril de 2010




penso no tempo de vida, que todas as coisas têm,
no tempo que a pegada demora para sumir,
na digital que se perde, no sol que se põe.
tudo tem limite, elástico tem, até amor por que não?
o que não significa que passado o tempo,
tudo desaparece - só esmaece, só embranquece,
até cabelos, o caminho e a visão ou seria neblina?
os problemas têm vida certa, que seja curta, peço.
a moda passa, o sapato aperta e cidade cresce,
tudo é questão de tempo, tempo de dar passagem,
depois tive medo, medo de saber do que vem,
medo de prever meu prazo, de saber do que mereço.
então penso, vou me esconder no frigorífico em
meio às embalagens que perderão a validade.
quanta vaidade existe em viver?

Fátima N.
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imagem*roberto cicchine

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