sexta-feira, 9 de abril de 2010




tantas são as janelas com suas tramelas frágeis.
elas vivem abertas, mesmo quando fechadas,
escondem vultos entre as cortinas, olhos vendados
por véus de verdades cotidianas.
dão para ruelas infelizes onde as almas arrastam
suas correntes, pobres escravos da mesmice.

tiro pó dos móveis enquanto as cortinas dançam.

Fátima N.
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imagem*uma nota só

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