enquanto esperava, o ar se cobria daquele cheiro
de fritura que, atravessava a rua e impregnava as
calçadas. sentia náuseas, mas logo o ônibus havia
de chegar.
num instante eterno, repensou a vida, como naquela
gordura fervente - fritando o passado, encharcando
as lembranças que, repousavam solenes sobre
papel-toalha de péssima qualidade.
e em breve serão comidas por bocas que não
distinguirão seu gosto.
Fátima N.
imagem*jorge simão meira*
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