
Pela janela...
Parecia uma tela e nela alguém sonhava; contornos embaçados, recurso que cineastas usam para mostrar que tudo é sonho.
Olhava pela janela: chuva fina, nevoeiro e a mente vagando entre os pingos, imagens surreais.
Em fração de segundo, as imagens eram palavras, porque sempre achei que palavras eram assim, indefinidas.
Olhando pela janela vi ao longe uma perspectiva esguia , que caminhava elegante, mas observando melhor pude ver que perdia a graça toda vez que se encontrava com um sujeito chamado inconsciente.
Ele, totalmente solitário, ao contrário que se pensa, era figura velha, gostava de preto e olhava as pessoas com certo ar de superioridade, mas não o era, só parecia.
E parecendo ia, esboçava sorriso diante da linda sensibilidade que, delicadamente, o olhava com carinho.
Transbordava carinho, a sensibilidade, tal como a palavra era toda entrega.
No canto da praça, abrigadas sob um guarda-chuva, imenso e azul, estavam: inconsistência, afinidade, perpendicular, verdade, flagelo, violência, caminho, tangente e teorema. Todas ali, quietas, sem sentido, só palavras, esperando a primeira mente vaga a dar-lhes carona!
Meus olhos inquietos tentavam adivinhar em que frases embarcariam, que emoções proporcionariam. Maravilhada, ali fiquei.
E escondida, não deixei que me vissem. Não quis atrapalhar o curso das palavras, que nem minhas eram.
Fátima N.
Parecia uma tela e nela alguém sonhava; contornos embaçados, recurso que cineastas usam para mostrar que tudo é sonho.
Olhava pela janela: chuva fina, nevoeiro e a mente vagando entre os pingos, imagens surreais.
Em fração de segundo, as imagens eram palavras, porque sempre achei que palavras eram assim, indefinidas.
Olhando pela janela vi ao longe uma perspectiva esguia , que caminhava elegante, mas observando melhor pude ver que perdia a graça toda vez que se encontrava com um sujeito chamado inconsciente.
Ele, totalmente solitário, ao contrário que se pensa, era figura velha, gostava de preto e olhava as pessoas com certo ar de superioridade, mas não o era, só parecia.
E parecendo ia, esboçava sorriso diante da linda sensibilidade que, delicadamente, o olhava com carinho.
Transbordava carinho, a sensibilidade, tal como a palavra era toda entrega.
No canto da praça, abrigadas sob um guarda-chuva, imenso e azul, estavam: inconsistência, afinidade, perpendicular, verdade, flagelo, violência, caminho, tangente e teorema. Todas ali, quietas, sem sentido, só palavras, esperando a primeira mente vaga a dar-lhes carona!
Meus olhos inquietos tentavam adivinhar em que frases embarcariam, que emoções proporcionariam. Maravilhada, ali fiquei.
E escondida, não deixei que me vissem. Não quis atrapalhar o curso das palavras, que nem minhas eram.
Fátima N.
Fá...
ResponderExcluirè teu o texto?
Caraca, uma poetiza adormecida?
Tão cheio de sensibilidade, assim como vc.
Amei.
bjusss
da xoueu...Kamaleoa*
Fátima. Apesar de já conhecer tua sensibilidade foi uma grata surpresa encontrar tanta qualidade no teu texto e, mais ainda, tua disposição em mostrá-lo. Como já disse uma vez um grande escritor, "escrever é imolar-se em praça pública". Para isso é preciso coragem. Parabéns!
ResponderExcluirSim,
ResponderExcluirxoueu, é meu...
Obrigada pela presença, boa a surpresa.
beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVimDe,
ResponderExcluirsó mais uma ousadia minha,
uma principiante engatinhando.
obrigada.
Beijo
comentários excluímos por mim, somente por erro, nada mais.
ResponderExcluirEu disse que tu sambava com as letras... Incrivel como a gente segue o caminho da tua sensibilidade..(e continuo a devorar)
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