sexta-feira, 16 de abril de 2010

déjame que te hable también con tu silencio...




deito fora as lembranças como deitam os corpos cansados,
olhos dormentes, bocas que não aprenderam calar,
choro pranto triste, mas não de tristeza finda,
daquelas de dor doida, não. dor que não se vê,
posto que é fingimento. amar é fingir? amar é calar?
amar é desapego ou é desespero?
...
lembro de Luzes da Cidade e tenho vontade de chorar.


Fátima N.


imagem*cena de Luzes da Cidade*
o vagabundo e a florista

...

2 comentários:

  1. Boa a imagem que vc usou, a de deitar as lembranças daquele jeito, feito corpo cansado. É algo que se faz necessário, o repouso, mas é sempre temporário, assim como certas tristezas que podem ser esquecidas por um momento, mas na verdade nunca acabam. Tenho pra mim que elas são cumulativas, temos todos nós uma tristeza intrínseca com tamanho proporcional ao que já sofremos. Não é todo mundo, claro, ser triste ou não é mais ou menos como sofrer ou não de colesterol alto.

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  2. ___tenho para mim, que sim, ela é cumulativa, à medida que sofremos, no ato, lembramos de outra e outra, fazendo com quê a tristeza doa mais ainda.
    e assim precisamos descansar...

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