sexta-feira, 9 de abril de 2010
há em mim um debruçar de forças,
como o sol que se descansa todos os dias,
há um alçar de voos como das aves
que debandam rumo ao sol.
há em mim um descontentamento,
há a estranheza do que não entendo,
e mesmo não entendendo, tento.
há em mim a teimosia dos irracionais,
há em mim a fragilidade das libélulas
que só sabem voar.
há em mim a busca e a crença e a
descrença, misturadas como num
tacho que cozinha todas as minhas vontades.
há em mim o novo e o velho,
um olhar que teima em ver,
e eu só querendo enxergar.
há em mim a maldita consciência,
velha, senil e latejante, sempre a
me lembrar: isso não é certo!!
e eu só querendo errar!
Fátima N.
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imagem* Jean-Luc Elias
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