segunda-feira, 10 de maio de 2010




o que é a vida, senão uma teia?
frágil, pequena, morena , sem jeito.
alvo, presa e alimento.

o que é a vida, senão uma teia?
caído nela o desespero,
solto por ela todo o sentimento.

o que é a vida, senão uma teia?
liberdade, prisão, sofreguidão e paixão.
solto por ela o poder, preso nela o desejo.

fátima nogueira


_______

7 comentários:

  1. Buenos dias,

    Hum, belo poema, a menina tem feito seguidos bons poemas, o que não é algo fácil.

    Beijos...

    ResponderExcluir
  2. __é bom ler isso, Vince!
    dá uma lustradinha no ego...ô se dá.
    obrigada.
    por que tudo tem que ser assim? não escrevo nada que preste quando estou alegre.
    rs*
    .
    beijos!

    ResponderExcluir
  3. seguindo a notinha...

    muito bom te encontrar, quem sabe tiro as teias do meu canto empoeirado, tá faltando vida por lá...

    beijos!

    ResponderExcluir
  4. e seguindo, fui...lá no pé do ato, nas primeiras palavras!
    descobri que o carinho que temos pelas pessoas não é de graça, vem de afinidades, gostos, desgostos, e até medos de escuro, de olhar embaixo da cama, prá ter certeza que não monstros!
    também amo café, e uma caneca de um café bem forte me acompanhou nessa viagem.
    não sei escrever, belo assim, o que sei, é brincar com as tintas, porisso, desenho um abraço!
    grata pelos momentos!

    beijos!

    ResponderExcluir
  5. ___um prazer ter uma companheirinha de caneca, viajando no ato, num primeiro ato. fico bem alegre com essas afinidades, e tenho para mim que sim, os afins se unem, somos todos tão familiares...rs*
    beijo carinhoso e muito obrigada pelas palavras doces e desenhadas.
    .
    rs*
    abraço desenhado é bom porque é só a gente sentir saudade, basta abrir o desenho.
    rs*

    ResponderExcluir
  6. Bem, quem escreve independente da emoção que sente é o poeta/escritor profissional, é mais um trabalho que uma tradução de emoção em palavras, embora, sendo bom, ele passe esta mesma idéia.

    Mas há casos em que se misturam as duas coisas, um bom exemplo é Clarice Lispector, entre muitos. Ela era quase sempre sentimentos.

    Fernando Pessoa também é outro bom exemplo, embora alternasse momentos profissionais com momentos sentimentais, aliás, é dele "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente." onde sintetiza todo este papo.

    Já Drummond, outro exemplo, era quase sempre profissional, mas passava bem a idéia de que sentia o que escrevia.

    E por aí vai.

    Entretanto, todos iniciam passando emoções para palavras e os que vão bem nesta fase, algumas vezes, se profissionalizam.

    Por outro lado, a poesia em estado alegre está para a poesia em dor, assim como a comédia está para o drama e a tragédia. Há quem seja melhor em comédia e há quem seja melhor em drama/tragédia.

    É gosto, cada um tem o seu, eu acho mais difícil e mais bonita a poesia alegre, aquela que sempre trata dos bons aspectos da vida, das belezas, sendo poesia além da beleza em si, senão vira descrição/narração. É fazer do belo algo mais belo ainda, é difícil. Esta forma de poesia não pode contar com a profundidade, com a subjetividade, conta pouco com a empatia, daí eu achar que ela é mais difícil. É algo na linha de Cora Coralina, em vários de seus momentos.

    Entre os vivos, eu gosto bastante de Betty Vidigal, que é uma mistura disto tudo e tem alguns poemas sensacionais, entre centenas, ou milhares que já publicou.

    Beijos...

    ResponderExcluir
  7. ___bem, eu particularmente acho que a poesia e a tristeza são siamesas, e a alegria deve ser sim poeticamente exaltada, mas ela passa, leve bruma, já a triste entra nas brechinhas da gente.

    rs*
    .
    beijos.
    .

    ResponderExcluir